A falta de desenvolver habilidades emocionais, podem prejudicar a pessoa autista, resultando na dificuldade em expressar e entender os próprios sentimentos, além disso, saber reconhecer as emoções no autismo promove e explora o lado lúdico do indivíduo, principalmente quando se trata de usar a imaginação.
Outros sentimentos que podem agravar, caso não haja suporte para desenvolver a emoção, são:
Ansiedade – a pessoa com TEA fica relutante em entender seus próprios sentimentos, criando
um caos dentro de si;
Irritabilidade – as crises podem aparecer com certa frequência;
Baixa tolerância à frustração – não saber reconhecer os limites, ou não conseguir expressar tristeza, gera frustração em excesso, por não entender onde recorrer;
Interação limitada – quando não há compreensão das emoções, não há como a pessoa com TEA se envolver socialmente com outras pessoas ao redor, principalmente por existir um limite na comunicação;
Ataques de pânico e medo em excesso – reconhecer as expressões faciais resulta, principalmente, no autoconhecimento, sem esse desenvolvimento, a pessoa no espectro fica ainda mais insegura e impossibilitada de interagir, pois não conhece seus limites e não vai além do que está acostumada.
Dessa forma, é possível afirmar que desenvolver habilidades socioemocionais no autismo é muito importante e pode impactar no bem-estar do indivíduo, principalmente por que ajuda na identificação dos próprios sentimentos (autoconhecimento), além de auxiliar na comunicação, tornando-a mais funcional e assertiva.
Além disso, quando desenvolvidas, as habilidades socioemocionais promovem um aprendizado de autocontrole.
Como ajudar crianças autistas a reconhecerem expressões faciais?
Embora existam obstáculos com aspectos sociais e emocionais, além das limitações que variam de acordo com o desenvolvimento da pessoa com TEA, é possível sim trabalhar as emoções no autismo, bem como estimular o desenvolvimento socioemocional.
Muitas atividades podem ser realizadas por profissionais da fonoaudiologia, ou até mesmo em casa, onde as pessoas cuidadoras estimulam através de brincadeiras e ações rotineiras que fazem toda a diferença.
Algumas dicas que podem ajudar:
Usar cartões, quadros e imagens – o contato com o uso de figuras e imagens que expressem os sentimentos podem auxiliar no processo de conhecimento das expressões. Uma boa forma para incentivar essa proximidade é colar as figuras em quadros em lugares visíveis para a criança, no quarto, na sala e até mesmo no banheiro.
Promover jogos de imitação – o uso dos quadros com imagem também pode ser alinhado com outra atividade: uma brincadeira de imitação. Ao solicitar que uma criança imite a imagem do quadro, reforce qual é a emoção que a imagem transmite.
Usar espelhos – o processo de imitação pode ser feito de frente para o espelho, promovendo assim o autoconhecimento da criança, e reforçando ainda mais a expressão para uma determinada emoção.
Desenhar – os desenhos podem ser outra forma de ajudar a aprender sobre uma expressão, além de ser um momento lúdico, que estimula a imaginação, a criança se familiariza com as emoções.
Promover autonomia – ao designar uma tarefa rotineira para a criança, ela ganha senso de responsabilidade, e entende que determinado comportamento resulta em uma harmonia por toda a casa, por exemplo, ao arrumar os brinquedos, ela auxilia na rotina de limpeza da pessoa cuidadora. E isso promove a relação socioemocional no núcleo familiar (principalmente), que desencadeia na percepção de expressões faciais e emoções.
Reforçar a importância de ter empatia – essa ajuda com as tarefas diárias podem ser de grande ensino para a que criança com autismo aprenda a ter empatia e respeito com o próximo; outra característica do desenvolvimento socioemocional.